Vontade de comer demais pode ser compulsão alimentar e é necessário ajuda médica. 

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por excessos alimentares em um curto espaço de tempo, acompanhados de uma sensação de perda de controle, seguida de sofrimento e arrependimento.

Esse comportamento pode ocorrer mesmo na ausência de fome e pode levar a problemas de saúde física e mental , como obesidade, diabetes e depressão. A endocrinologista do Centro de Diabetes Curitiba, especializada no tratamento de distúrbios alimentares, Dra. Michelle Polesel, explica: “A compulsão alimentar é marcada por episódios de consumo excessivo de alimentos, durante os quais a pessoa sente que não consegue parar de comer”, afirma.

Embora as causas específicas da compulsão alimentar não sejam bem estabelecidas, existem teorias que apontam para uma correlação com eventos na infância ou adolescência e com outras doenças, como a depressão. “No entanto, esses fatores não são necessariamente causas diretas da compulsão alimentar”, ressalta a Dra. Michelle.

Dada a estreita correlação entre compulsão alimentar e obesidade, o endocrinologista é o principal especialista para tratar esses casos. “O endocrinologista é fundamental na avaliação inicial, especialmente porque muitos pacientes com compulsão alimentar também apresentam obesidade”, afirma a Dra. No entanto, é importante notar que nem todos os pacientes com compulsão alimentar são obesos,  alguns podem ter peso normal ou estar em sobrepeso.

O diagnóstico da compulsão alimentar é baseado nas características do comportamento alimentar e no sofrimento que isso causa ao indivíduo. “O tratamento deve ser multiprofissional, envolvendo psicólogos, nutricionistas e, em alguns casos, medicamentos”, explica a Dra.

A Dra. Michelle enfatiza a importância do paciente ter um acompanhamento médico. “Dicas principais: procurar ajuda, procurar ajuda e procurar ajuda! O tratamento precisa ser individualizado, e a terapia psicológica é primordial”, destaca.

A médica também orienta que, cada caso deve ser abordado de forma personalizada, com um plano de tratamento adaptado às necessidades específicas do paciente e reforça a importância de um tratamento integrado e coordenado para garantir melhores resultados. “O acompanhamento multidisciplinar é crucial para tratar não apenas os sintomas, mas também as causas subjacentes e os fatores emocionais associados à compulsão alimentar”, conclui a endocrinologista.